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Uma das doenças que mais estigmatizaram os seus portadores, a hanseníase, também chamada de lepra e, no passado, de morfeia, mal de lázaro e elefantíase dos gregos, é uma das epidemias mais antigas do mundo.
Até 1873, quando o cientista norueguês Armauer Hansen identificou o bacilo Mycobacterium leprae, era envolta em mistério e associada a atos pecaminosos. Por causa disso e pela aparência com que ficavam, já que ela afeta principalmente a pele e os nervos, os infectados foram durante muitos anos considerados impuros e condenados ao isolamento.
Originada provavelmente na porção oriental da África, chegou primeiro ao Oriente e depois à Europa. Sua transmissão se dá por meio do contato direto e prolongado. Foi trazida à América, no século 18, por colonizadores e escravos. Hoje está quase restrita a países menos desenvolvidos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Índia e Brasil tiveram os maiores números de novos casos em 2009. Apesar de ser totalmente curável hoje em dia, com o tratamento realizado sem internação, o preconceito ainda resiste e é grande. O termo "leproso" permanece cheio de significados perjorativos, ligado a situações desagradáveis e maléficas.
Mas se você pensa que a doença só acometia pessoas pobres, se engana. Documentos e estudos indicam que gente "graúda" também contraiu a lepra, como Tutmés II (Faraó egípcio), Constatino, O Grande, Balduíno IV (rei de Jerusalém), Afonso II (rei de Portugal) e Henrique IV (rei da Inglaterra).
Aventuras na História
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