Já pensou se neste ano os brasileiros pudessem ter dois Carnavais? E se o Carnaval do país inteiro fosse adiado em mais de um mês por causa da morte de um ministro?
Pois em 1912 essas duas coisas impensáveis aconteceram.
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No dia 10 de fevereiro de 1912, José Maria de Paranhos da Silva Júnior, o Barão do Rio Branco, morreu aos 66 anos, a sete dias do sábado de Carnaval. Sua morte logo foi seguida de uma grande repercussão, principalmente no Rio de Janeiro, sede do governo federal. O comércio e os bancos fecharam e os teatros e cinemas cancelaram os espetáculos. A imprensa fez um estardalhaço e a comoção pelo falecimento do diplomata saiu das instâncias oficiais e sensibilizou o povo.
Não sem motivo, claro. Ministro das Relações Exteriores havia dez anos, ele era e continua sendo considerado o responsável pela consolidação do território do país. Mesmo tendo morrido 90 anos após a Independência, disputa espaço no imaginário como um dos formadores da nação brasileira.
Diante da ilustre morte e do impacto que ela causou, a saída encontrada pelo governo foi adiar a folia. O Carnaval foi remarcado para começar no dia 6 de abril, mas parte da população, indignada com o luto forçado, preferiu festejar duas vezes no mesmo ano.
Se a moda pega, heim!?
Pelo menos teríamos dois carnavais em um só ano.
Um comentário:
Bons tempos aqueles... rs
beijo rouge
Dani
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